Andarilhos
“O Sertão é o Mundo”, disse, certa vez, Guimarães Rosa. O mesmo poderíamos dizer sobre o Pampa, esta espécie de sertão meridional que baralha fronteiras e entremescla muitas pátrias. E é nesse inesgotável, rico e melancólico mundo pampeano que transitam os personagens desse romance: Pedro Guarany, um encantador de cavalos marcado por uma antiga tragédia; João Fôia, lacônico homem cuja real personalidade é um mistério; e o francês Alphonse Saint Dominguet, cujo olhar forasteiro revela a estranheza, os arcaísmos e a alma profunda destes rincões à margem do mundo.
Esses três andarilhos se reúnem em uma improvável comitiva de viagem, passando por cenários pitorescos, enfrentando ameaças e, principalmente, o passado - sempre à espreita (como um tigre nas matas) - pronto para cobrar seus tributos.
Trata-se de uma história que envolve temas universais, como o amor, a perda, amizade e (quem sabe) a redenção, e que apresenta grandes e verossímeis personagens - que criam empatia logo nos primeiros traços.
OPINIÕES
“O livro do Rodrigo evoca um Rio Grande escondido, embrenhado no pampa, um Rio Grande de lendas, amores e segredos, de homens sem pouso e mulheres sem voz, mas cheias de coragem. É quase um ‘road movie’ literário, a história sem pouso se um homem sem paz”
“Tavares mostra uma escrita confiante, um projeto literário sólido e uma boa história a ser contada, três coisas que não se vê todo dia num livro de estreia”.
“Só um autor sensível e capaz de observar a forma como a vida se move poderia escrever um livro como Andarilhos. Seus personagens, em seu específico cenário, também contam a história de cada um de nós, nessa imprevisível jornada que é a busca por um sentido”
“Edgar Allan Poe escreveu ‘A filosofia da composição’ e R. Tavares seguiu o mestre passo a passo”.
“Penso que o jovem R. Tavares é mais um desses que conseguiu inserir-se nessa condição de perscrutador das minúcias e das grandezas de seu espaço”.
“Muito jovem, o autor já encontrou o seu caminho. Não lhe esqueçam o nome. Ainda vai escrever outros livros preciosos e, certamente, encher as estantes de sua nova casa com muitos outros mais”