Eu estava com um assunto na cabeça pronto para escrever. E de repente vi que a história não tinha muita criatividade. Certa vez, já comentei com vocês a dificuldade que está sendo escrever algo original em tempos como esse que vivemos.
Não é que hoje me acordo e me deparo com a história de um sujeito de Caxias do Sul que estava fazendo uma performance na praça e a guarda municipal e o SAMU detiveram o pobre sujeito alegando que ele estava tendo um ataque psicótico. Levaram-no para o pronto socorro, deram-lhe calmantes e oito horas amarrado até um médico dizer que ele não tinha nada.
Que tempos são esses?
O artista disse que não deixaram ele falar, que ele explicou que estava fazendo uma apresentação. Censura? Ditadura? Eu acho que não foi nada disso, pelo menos dessa vez. Os guardas municipais deram sua versão: foram chamados pois os moradores estranharam aquele homem com roupas estranhas, arame farpado atado no pescoço, falando coisas sem sentidos. Dizem os guardas que ao chegarem no local, o homem não falava com eles, soltava frases e poemas olhando para o céu e eles acharam que ele tinha algum problema.
Verdade ou mentira, uma história dessas nos traz de volta ao debate do momento. O que é arte? O que não é? Não tenho conhecimento técnico suficiente para entrar nesse debate. Porém, gostaria de chamar a atenção de todos para o que vem acontecendo do nosso Congresso e não nessa cortina de fumaça que está sendo promovida. Salvaram o Temer, de novo! A Reforma Trabalhista entra em vigor dia 11/11! Estão tentando acabar com o Uber! Vocês realmente estão preocupados com as apresentações e com os museus?
Vamos acordar, pessoal!
Segue o link com a história completa do artista: http://veja.abril.com.br/blog/rio-grande-do-sul/performance-e-confundida-com-surto-e-bailarino-e-sedado-no-rs/